domingo, 14 de fevereiro de 2010

Metanóia

A conversão de São Paulo, a caminho de Damasco por Caravaggio

-Saulo, Saulo, porque você Me persegue?

Essas palavras ecoaram logo após Saulo ter sido envolto, segundo a Biblia, em uma forte luz vinda do céu, que foi tão poderosa que o fez tombar no chão. Caído no chão Saulo pergunta de quem é a voz. Eis que a misteriosa voz se revela como sendo de Jesus, o Cristo, que imediatamente sugere que Saulo siga adiante e vá para a próxima cidade na qual receberá indicações acerca do que ele deveria fazer dali em diante. A história segue, mas eu gostaria de deitar as atenções nessa cena.


Continua....

sábado, 13 de fevereiro de 2010

Breve história de Narciso

Narciso de Caravaggio

(Obs: Baseado totalmente em: " O livro da mitologia - histórias de Deuses e Heróis" de Thomas Bulfinch, lançado pela editora Martin Claret , 2006, quarta edição, p. 137 - 141. Uma espécie de resumo, fruto de estudo sobre o tema.)


Conta a lenda que Narciso, um rapaz considerado dono de uma beleza espetacular, rejeitara todas as mulheres que mostravam interesse nele. Até que um dia uma dama que tentara seduzi-lo e tendo fracassado desejou que Narciso sentisse na pele o que era amar sem ser amado. As palavras dessa mulher rejeitada chegaram até os ouvidos da Deusa da Vingança, que concordou em viabilizar a realização de seu desejo.
Um dia Narciso encontrou uma fonte limpa de água, na qual não havia qualquer tipo de contaminação por não ser utilizada por nenhum ser vivo. Cansado de suas atividades, sentiu Narciso sede. Ao se inclinar para beber água Narciso viu sua imagem refletida. Primeiramente imaginou que se tratava de um espírito pertencente à água. A imagem refletida era de uma beleza impar, belissima. Narciso se apaixonou por aquele ser de beleza extraordinaria e tentou beijá-lo, abraça-lo. Porém a imagem se desfez, ficando totalmente distorcida. e voltando logo em seguida a se recompor assim que as águas se acalmaram. Narciso não mais sentia fome ou sede, apenas um imenso desejo de admirar aquela imagem. Passou a questionar o ser que pensava ser um espirito das águas do porque este o rejeitava mas imitava seus gestos. Sua tristeza convertida em lágrimas cairam sobre as águas, provocando nova deformação na imagem. Narciso então passava a implorar ao espirito que não desaparecesse já que não poderia tocá-lo ao menos gostaria de admirar sua beleza. Aos poucos Narciso foi perdendo sua vitalidade e sua beleza até que de tão fraco morreu. Sua alma ao atravessar o rio Estige (Rio que desaguava no Hades)

O Rio Estige por Gustave Doré

olhou novamente para as águas o que causou tremenda comoção entre as ninfas do rio. Essas ninfas planejaram cremar o corpo de Narciso, que não foi encontrado. Em seu lugar foi encontrada uma "flor púrpura por dentro, rodeada de folhas brancas, que recebe o nome e preserva a memória de Narciso." (p. 140)