terça-feira, 29 de dezembro de 2009

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Natal na minha visão

Natal é uma época que me aborrece. Não, não é só por causa da música irritante de SImone: -Então é natal, e o que voce fez.... afff - O que mais me chama atenção é a hipocrisia que corre pela cidade. Outro dia eu estava na fila das lojas americanas, eu tinha acabado de pegar um documentário do Michael Moore. Era época de natal. Um garoto não parava quieto, quando a mãe dele disse: "Pega seu presente aqui ó... mas voce tem que se comportar, porque veja como Jesus foi bonzinho, ele faz aniversário e quem ganha presente é você. "
Cristo, tal como interpreto na biblia, não era o capitalista que certas correntes religiosas defendem. Tão pouco era alguém preocupado com riquezas, fortunas.... Natal, festa politica, apropriada pelo comércio e que tem um único objetivo: Vender, vender, vender, vender.... As pessoas correm pela cidade falando de caridade, disso e daquilo que não fazem nos outro dia do ano, e mesmo se fizessem não mudariam muito porque se limitam á oferecimentos materiais. Seres humanos precisam de seres humanos que o reconheçam como tais. Essa época do ano percebo muita tristeza embutida em muita gente, principalmente para aqueles que perderam entes queridos. O deus comércio vence. O consumo vence. A quantitdade vence. A qualidade, a humanidade, o cuidado perdem. E estamos nesse mundo maluco e cheio de hipocrisias.

Era uma vez.... (Por Vanexa)*

Era uma vez, um país chamado Portugal que andava meio aborrecido e deprimido. Durante o mês de Dezembro, e à semelhança do que acontecia sempre, sucediam-se, uns atrás dos outros, recordes de gastos - mas não havia dinheiro...! Mas isso, não interessava nada. Ainda o Menino Jesus andava à procura de um sítio jeitoso para nascer, já só se falava e pensava em Natal: ele eram jornais, revistas, era a televisão, os posts e artigos na net e aqueles papéis horríveis de publicidade a brinquedos... Depois ainda haviam as ruas e as lojas, todas engalanadas para receber os consumidores desenfreados que, por aquela altura, pareciam nascer atrás de cada árvore - estavam em crise, mas isso, não tinha qualquer importância!

A única coisa que interessava eram as prendas, as prendas, as prendas: os perfumes, os relógios, as viagens, os carros e as casas, os telemóveis, os computadores e as consolas, as máquinas fotográficas, a roupa de marca, as malas e os acessórios (e todas as coisas inúteis que se costumavam oferecer, para bem parecer, mas que depois só apetecia atirar para o lixo!). Havia também a Popota e a Leopoldina (que tinha tido um encontro com um cirurgião e deixou de ser gordinha e fofinha...). É que nem Pai Natal aparecia... Tinha sido afastado do cargo, como uns tantos políticos :P

Não havia quem aguentasse!
Já que estou de férias (é sério!! FINALMENTE), será que posso tirar férias desta estupidificação material do Natal?!?
Onde é que ficou o Amor, a Partilha, a Escuta, a Compreensão, a Paz e todos esses outros sentimentos nobres que fazem (ou deviam fazer) parte da tradição do Natal?

*Vanexa é uma moça inteligente, sempre aberta à reflexões, coisa rara nesse mundo. Seus escritos estão no blog chamado "Aprendisses" http://aprendisses.blogspot.com/

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

É

Bombardeio,
bombardeado.
Emocionado,
Emociono.
Emociono,
emocionado.
Bombardeado,
bombardeio.
Emoções,
sentimentos,
razões,
sensações,
motivações,
inovações,
re-invenções,
re-novações,
intuições,
celebrações,
comemorações,
tudo isso junto
e misturado
e mais
muito mais
alguns sentimentos são tão parecidos
que parecem gêmeos.
Próximos demais para a indiferenciação
Diz a alta sabedoria oriental:
-A beleza é irmã gêmea da feiúra, onde uma vai outra vai atrás
Uma só existe em relação á outra.
Categorização,
suspensão,
fenomeno,
história,
mundo,
estar,
ser
é

domingo, 29 de novembro de 2009

Da cabeça, do ventre, da alma

Ser humano,
estadunidense,
romano,
ou artista circense

Todos nasceram
do ventre (com excessão de Atena)
o que não significa que viveram
uma pena

Arte
parte
re-parte
aparte

Do ventre materno
ou da cabeça de Zeus
A arte faz o artista sentir o eterno
como sendo parte de Deus

Cria,
re-cria,
Re-inventa,
de certa forma lamenta

O choro da alma
flui, não se acalma
só quando cria
a sua poesia

quarta-feira, 25 de novembro de 2009



Eu não sei escrever
quer dizer aprendi a escrever
mas nao me ensinaram a falar de...
de... de... bem daquelas coisas que..
a gente tem dentro...
sentimentos né?
A professora falava de equações
de regras gramaticais
de quimica
fisica
história dos outros
e não da minha
sabia mais do Dom Pedro
que de mim mesmo
anos nas cadeiras escolares
e nunca aprendi a escrever
a expressar
apenas copiar, sim eu era um copiador,
reproduzindo o que não era meu,
era do DOm Pedro, dos Bandeirantes,
era de todos e não era de ninguem,
Até que aprendi a escrever
ops, escrever não, desenhar,
não, desenhar não, esboçar
esboçar sentimentos no papel
mas só consegui isso
quando consegui expressar
o que não conseguia dizer
com palavras....
E aprendi sobre o grito de independencia
e não era aqduele do Ipiranga

O absurdo no fim do mundo

No episodio 03 do anime Kino no Tabi, a viajante chega numa cidade que está esperando o fim do mundo. Kino vai se hospedar em um hotel:Ai a recepcionista responde:

Interessante notar como as pessoas simplesmente engolem a tal profecia e nem se questionam sobre ela. É assim porque é assim, nada podemos fazer á respeito. A Profecia foi feita resta-nos esperar a morte.
Frente ao inevitavel destino os comerciantes continuam com suas lojas abertas, porém oferecendo de graça seus produtos á quem procurasse.
O dia seguinte chega e o mundo não acaba:

Os cidadãos agrupados em frenta da igreja passam a questionar o Padre do Sul, que deu a tal interpretação baseada num tal livro, que o mundo iria acabar naquele dia. O mundo não acabou e o Padre constrangido diz que o mundo não acabou porque ele errou nos cálculos. E o mundo acabaria então no dia seguinte. Eis que o Padre do Norte interrompe acusando o erro do Padre do sul e diz
Aceitaram verdades prontas. A autoridade representada pelos Padres dizem que o mundo vai acabar. A população se mostra tão inerte que não se move, apenas permanecem imóveis, ouvindo as palavras, que não contém qualquer certeza, proferidas pelo Padre. Desse modo o Poder, a Dominação das classes mais fortes continua sendo fortalecidos e aumentado junto á população que não contesta, que aceita, não se revolta e adota postura passiva frente ás falácias dos Poderosos que adiam, adiam e adiam, o fim do mundo. A ameaça mantém o controle social da cidade. Apenas o representante do Poder tem em mãos o tal livro de profecias. Curioso notar como todos estão vestidos formalmente, terno e gravata numa cidade litorânea. Todos domesticados, conformados, alinhados, formais até não poderem mais. Mantém as formalidades até na eminência do fim do mundo, continuando a trabalhar mesmo que o trabalho não renda mais lucros. O ser humano como ser de comportamentos automáticos, mecanizados, artificiais sem reação crítica ao que lhe é apresentado.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

A bicicleta



A bicicleta
Era uma vez uma bicicleta
que passeava inquieta
tinha umas rodinhas branca e preta
que em pé a deixavam quieta

Um dia as rodinhas quebraram
quando num buraco passaram
e os olhos do rapaz se arregalaram
as rodinhas já não mais o sustentavam

Agora não contava com apoios externos
descobriu que tinha tesouros internos
como os mistérios etéreos
de uma existencia cheia de mistérios

Olhou para os céus
como quem passeia aos léus
conversando com Deus
des-cobrindo véus

Descobriu que precisa de outros
outros seres humanos dispostos
a falar de amor e desgostos
como quem esquece dos opostos

Se a existencia precede a essencia
então devo ter consciencia
que sou ser feito para escolher
entre ser e não ser

Ser eu
sem deixar de ser com tu
ou ser com ele
sermos todos juntos

Andar de bicicleta sem rodinhas,
é descobrir coisas escondidas
que ficam perdidas
dentro do ser que se entristecia

Se entristecia por nao poder
ele mesmo ser
em prosa, verso e poesia
ser sua propria melodia.

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Por Dama K

Andei vagando pela noite sem estrelas,

Andei perdido apenas sob o olhar da lua

Caminho a tempo, tanto tempo, tão sozinho

Arrastando os pés, refletindo

Parado na beirada da calçada, será que devo atravessar a rua?


Ela me convida, titilando nos asfalto,

Balançando ao vento... Me perguntando a todo momento

Qual o sentido disso tudo?

Se de tudo não sobrarás nada,

E se de nada há vida esta cheia

Quem sou eu frente a esta vida cometa?


Sinto-me a deriva de um lado escuro,

Escuridão com pontos cintilantes que me chamam a tentar

Balanço os braços, mas não saio do lugar

Absorvida pelo feitiço da noite escura,

Esqueço de mim,

Encontro-me a afundar.


Não me debato, nem procuro nadar

Observo apenas as bolhas e a falta do ar

As costas raladas pelo fundo de minha existência

O devaneio devido a falta do oxigênio,

Chego a pensar “esse é o fim, não dá mais”


Fecho os olhos e deixo-me levar,

Então sinto uma multidão a me puxar,

Os olhos focalizam mãos a me resgatar

Atordoado não consigo entender,

Na superfície encontro o ar da minha existência,

A vivacidade da minha essência

Procuro pelas mãos, não está mais lá.

Vejo apenas alguém na beira do lago

A mão estendida e um sorriso nos lábios

Olhar hipnotizante atraindo-me a nadar

Cheguei e deparei com a alguém a conversar

Em apenas uma frase que me fez tentar


A vida sem sentido faz parte do objetivo,

O livre arbítrio faz parte deste sentido,

E você... Você faz parte de mim, assim não deixo-o morrer,

Pois irá levar-me contigo, e me recuso a morrer antes de nadar

Exaustar meu corpo, mas não desistir de mim,

Assim não desisto de você...


Com um sorriso nos lábios voltei a andar,

Lembrando-me infantilmente do sentido do sonhar..

domingo, 20 de setembro de 2009

Sentir

O grande desafio de um ocidental é ser menos racionalista. Deixar de racionalizar tudo á todo o momento e ser surpreendido pela contemplação simples dos elementos naturais. Sentir mais e pensar menos é muito dificil em um mundo no qual estamos bombardeados de estimulos vindos de todas as partes pelas propagandas, músicas.... etc...... Ás vezes almoçar sem pensar em coisas que estão fora de proposito naquele momento torna o comer um momento mais prazeiroso e até menos calórico, já que quanto mais voce tá afundado em pensamentos menos percebe o que está ingerindo e como está fazendo isso. Sentir mais, racionalizar, categorizar menos.... é um desafio dificil.
Mas como arranjar tempo para isso em um mundo maluco como esse em que vivemos? Teremos que treinar o desapego. E essas coisas são TÃO complicadassssssss.......................... A arte do desapego.... isso não significa largar tudo, embora seja comum saltar de um extremo ao outro. Creio que o ideal seja o meio termo, nem abandonar, nem se apegar, mas estar em meio de tudo sem perder de vista o que sou e o que posso ser. É um assunto longo.... porém o restante ainda não ganhou contornos em palavras para que eu possa me expressar...

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Amor

Amor...
palavra gasta e mal tratada. Vi tantas vezes pessoas dizendo umas para as outras AMOR ETERNO num namoro que não tinha dois meses....
amor é duma simplicidade......... ah se soubessem os amantes dessa pérola....
por isso não pode ser eterno, porque só é eterno o que está estático, congelado.
O amor é dinamico. Existirá enquanto houver cumplicidade, respeito, sintonia, carinho, amizade, quando se permite que o outro seja o outro como o outro é, e que faça as concessões que estiver disposto á fazer para um bom convivio. Ou seja, há flor enquanto há regador, jardineiro, terra e sol.

Claro que isso tudo é simples no papel, mas.... quando gostei de alguém na vida sentia primeiramente uma grande admiração pela pessoa e suas qualidades. Portanto amor tem a admiração na base.

Assunto dá pano pra manga.... hahha

domingo, 6 de setembro de 2009

Amizade

Amizades são muito importantes. Isso é o que minha experiência de vida está me mostrando. Cativar um bom amigo ou amiga é algo maravilhoso. Eu já não crio falsas expectativas em relação aos amigos, ou seja, evito ao máximo idealizá-los. O que eu gosto nos meus amigos é poder ver que eles são do jeito que são e que suas qualidades transcendem aspectos que talvez me desagradem em suas personalidades. O mais fantástico de ter bons amigos é poder olhar para eles depois de tempos sem vê-los e abrir um sorriso sincero e oferecer um afetuoso abraço cheio de carinho e recordações. Tenho bons amigos. Aliás nem percebi que fui construindo amizades tão importantes ao longo do tempo. Engraçado como os amigos são também professores. Aliás todas as pessoas com as quais temos contatos são professores, uns mais direta e conscientemente, outros mais indiretamente e inconscientemente. Estamos no mundo. Estamos para nos ajudar.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Erros e acertos

Já diria uma novíssima expressão: ''Errar é humano''. Errar faz parte do aprendizado. Afinal é tropeçando que se aprende á andar. É caindo que se aprende a equilibrar a bicicleta. Mas em um mundo pautado por exigências vindas de todos os lados nossa margem de erro muitas vezes é anulada. Nosso trabalho deve ser maravilhosamente bem feito, e de preferência de uma só vez. Os acertos são tidos como obrigações, nada mais que isso, ignorando-se todo o processo de aprendizagem que ocorre durante as tentativas de acerto. É pelo erro que se encontra o acerto. Ninguém nasce sabendo acertar.
Mas o acerto de que quero falar aqui não é um acerto em termos de ajustamento ás expectativas sociais em cima de nós. Falo especificamente do acerto que nos leva á nós mesmos.
Isto é, escolher viver dia por dia, filtrando o que é bom do que está ruim, vivenciar lutos, referentes á perdas cotidianas, mas não passar a viver em luto. Saber filtrar o que nos faz bem, que nos faz crescer qualitativamente e que por consequência se irradia para todas as pessoas ao nosso redor.
De tanto que somos cobrados pelo mundo cada vez mais veloz e cruel á nossa volta, acabamos por criar ou uma sensação de estar na corda bamba o tempo todo ou de impotência generalizada, na qual nunca fazemos nada certo.
Á partir dessas experiências podemos olhar para dentro de nós mesmos e notar que a relação entre acertos e erros nos mostra muito de como estamos agindo no mundo e do que estamos necessitando e onde o calo está apertando.
A questão fundamental é o que fazemos com nossos erros e acertos. Damos mais valor para o erro subestimando nossas capacidades? Ou passamos a perceber que não somos máquinas, que erramos sim, mas que não queremos permanecer no erro mais que o tempo necessário para aprendermos outras maneiras de agir? Bem, a questão se complica nesse ponto, já que dificilmente saímos de situações ruins sozinhos. Precisamos muitas vezes de ajuda de pessoas que venham nos auxiliar na tarefa de nos re-encontrarmos e não que venham nos destruir, atrapahando nosso caminho.


Sérgio