quarta-feira, 25 de novembro de 2009

O absurdo no fim do mundo

No episodio 03 do anime Kino no Tabi, a viajante chega numa cidade que está esperando o fim do mundo. Kino vai se hospedar em um hotel:Ai a recepcionista responde:

Interessante notar como as pessoas simplesmente engolem a tal profecia e nem se questionam sobre ela. É assim porque é assim, nada podemos fazer á respeito. A Profecia foi feita resta-nos esperar a morte.
Frente ao inevitavel destino os comerciantes continuam com suas lojas abertas, porém oferecendo de graça seus produtos á quem procurasse.
O dia seguinte chega e o mundo não acaba:

Os cidadãos agrupados em frenta da igreja passam a questionar o Padre do Sul, que deu a tal interpretação baseada num tal livro, que o mundo iria acabar naquele dia. O mundo não acabou e o Padre constrangido diz que o mundo não acabou porque ele errou nos cálculos. E o mundo acabaria então no dia seguinte. Eis que o Padre do Norte interrompe acusando o erro do Padre do sul e diz
Aceitaram verdades prontas. A autoridade representada pelos Padres dizem que o mundo vai acabar. A população se mostra tão inerte que não se move, apenas permanecem imóveis, ouvindo as palavras, que não contém qualquer certeza, proferidas pelo Padre. Desse modo o Poder, a Dominação das classes mais fortes continua sendo fortalecidos e aumentado junto á população que não contesta, que aceita, não se revolta e adota postura passiva frente ás falácias dos Poderosos que adiam, adiam e adiam, o fim do mundo. A ameaça mantém o controle social da cidade. Apenas o representante do Poder tem em mãos o tal livro de profecias. Curioso notar como todos estão vestidos formalmente, terno e gravata numa cidade litorânea. Todos domesticados, conformados, alinhados, formais até não poderem mais. Mantém as formalidades até na eminência do fim do mundo, continuando a trabalhar mesmo que o trabalho não renda mais lucros. O ser humano como ser de comportamentos automáticos, mecanizados, artificiais sem reação crítica ao que lhe é apresentado.

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