Andei vagando pela noite sem estrelas,
Andei perdido apenas sob o olhar da lua
Caminho a tempo, tanto tempo, tão sozinho
Arrastando os pés, refletindo
Parado na beirada da calçada, será que devo atravessar a rua?
Ela me convida, titilando nos asfalto,
Balançando ao vento... Me perguntando a todo momento
Qual o sentido disso tudo?
Se de tudo não sobrarás nada,
E se de nada há vida esta cheia
Quem sou eu frente a esta vida cometa?
Sinto-me a deriva de um lado escuro,
Escuridão com pontos cintilantes que me chamam a tentar
Balanço os braços, mas não saio do lugar
Absorvida pelo feitiço da noite escura,
Esqueço de mim,
Encontro-me a afundar.
Não me debato, nem procuro nadar
Observo apenas as bolhas e a falta do ar
As costas raladas pelo fundo de minha existência
O devaneio devido a falta do oxigênio,
Chego a pensar “esse é o fim, não dá mais”
Fecho os olhos e deixo-me levar,
Então sinto uma multidão a me puxar,
Os olhos focalizam mãos a me resgatar
Atordoado não consigo entender,
Na superfície encontro o ar da minha existência,
A vivacidade da minha essência
Procuro pelas mãos, não está mais lá.
Vejo apenas alguém na beira do lago
A mão estendida e um sorriso nos lábios
Olhar hipnotizante atraindo-me a nadar
Cheguei e deparei com a alguém a conversar
Em apenas uma frase que me fez tentar
A vida sem sentido faz parte do objetivo,
O livre arbítrio faz parte deste sentido,
E você... Você faz parte de mim, assim não deixo-o morrer,
Pois irá levar-me contigo, e me recuso a morrer antes de nadar
Exaustar meu corpo, mas não desistir de mim,
Assim não desisto de você...
Com um sorriso nos lábios voltei a andar,
Lembrando-me infantilmente do sentido do sonhar..
me identifiquei demais com a intensidade desse texto. parabens a vc sergio, por pulblica-lo, e a dama k por pari-lo! ^^
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